Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação 



Em maio você viu no Guscar o novo Peugeot 301, sedã compacto para mercados emergentes que vai suceder o 207 Passion. Outra marca do grupo PSA, a Citroën divulgou, ontem, a sua leitura do 301: o C-Elysée, que deve ser vendido também nos países da Europa Ocidental, como Espanha e Portugal. 

Para aproveitar o embalo, a marca do double chevron apresentou também a versão três volumes do médio C4, chamado simplesmente de C4 L, que pode vir a ser o sucessor do nosso conhecido C4 Pallas. Ao contrário do irmão menor, este último será destinado, a princípio, para a Rússia e a China, país que inventou o Pallas, conhecido lá como C-Triomphe. 

E pra quem ficou com ciúmes da Citroën lançar mais carros do que a sócia francesa, saiba que o 308 já tem duas versões três volumes: o nosso conhecido 408 e o 308 Sedan, vendido também somente na China. 

Para o Brasil, segundo gente bem informada da imprensa, o Elysée deve vir até 2014. O C4 L ainda não tem previsão. Nem a Citroën se manifestou oficialmente sobre isso. Só a Peugeot que esta semana confirmou a vinda do 301. 


C4 L




Visualmente, o C4 L parece mais a versão três volumes do esportivo DS4 do que do C4 original. Por isso, a junção do baú do porta-malas ficou tão reta e curta. O recorte das janelas laterais e as lanternas traseiras lembram o Kia Optima. A frente é semelhante ao C4 hatch da nova geração (por enquanto inexistente no Brasil), mas tem mais detalhes cromados. 

O interior, ainda não divulgado, também deve seguir o visual da família 4, com a diferença do espaço interno ser maior, pois o C4 L (2,71m) tem distância entre-eixos 10 centímetros maior que o do hatch. Seu comprimento é de 4,62m, a largura de 1,78m e a altura de 1,50m. Os encostos do banco traseiro podem ser inclinados em até 29 graus. O porta-malas tem apenas 440 litros. 



O C4 L será equipado no exterior com partida sem chave, pára-brisa aquecido, câmera de visão traseira, limpadores e faróis automáticos, faróis bi-xenon de regulagem automática, além de um sistema de multimídia com touchscreen. O sistema GPS é de última geração e conta com uma tela de 7″, leitor de DVD, mapeamento 3D com realidade ampliada, high-end estéreo (Denon e JBL) além da conectividade para dispositivos portáteis (USB, auxiliar, Bluetooth kit hands-free).

Em relação ao conjunto motor-transmissão, estão previstos o 1.6 THP em versões de 150 e 170 cv, associado a caixa automática de seis velocidades, além do motor 1.8 VTi de 135 cv, apenas para o mercado chinês com câmbio manual de cinco velocidades ou automático de seis.




C-Elysée 




Se o C4 L se inspirou no Kia Optima para dar vida ao terceiro volume, o C-Elysée é claramente o clone do Peugeot 301, baseado na plataforma do hatch 208. Só mudam a frente, que troca a grade frisada do Peugeot por uma mais aberta e os cromados mais intensos, emoldurando o duplo bumerangue da Citroën, e as lanternas, que dispensam (por razões óbvias) o formato de garra do 301. 

Até as dimensões são iguais: 4,44m de comprimento, distância entre-eixos de 2,65m, largura de 1,70m de altura de 1,47m. O interior, assim como o C4, também não foi divulgado. Provavelmente, deverá ser idêntico ao 301, com direito ao volante simples. O porta-malas terá os mesmos 506 litros. 



A gama de motores do C-Elysée será composta pelo novo 1.4 Vti de 72 cv e consumo médio de 20,0 km/l. Haverá também uma versão 1.4 Vti de 115 cv, além de um diesel de 92 cv e consumo médio de 25 km/l.

Uma curiosidade é que a Citroën já usou na China o nome Elysée para a versão sedã do velho ZX (lembra dele? Volcane? Furio?) com a frente e o painel Xsara, ambos antecessores do C4. Depois o reestilizou levemente com a frente parecida com a do nosso Xsara Picasso. Os chineses são, mesmo, os consumidores mais apaixonados por sedãs do mundo. Superam até nós, brasileiros. O C-Elysée vai romper fronteiras. 





O antigo Elysée nas duas versões