TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO


A Lamborghini atuou na Fórmula 1 entre 1989 e 1993, sempre com resultados insignificantes. Teve equipe própria em 1991 e forneceu motores para as equipes Lola-Larousse (1989, 1990 e 1993), Lotus (1990), Ligier (1991), Venturi (1992) e Minardi (1992). Na época, pertencia à norte-americana Chrysler, então independente. Hoje, faz parte do grupo Volkswagen, que nunca investiu na categoria (me contestem, por favor!).

Nem por isso a Lamborghini deixou de ser um mito e de incomodar as vendas da conterrânea italiana. Afinal, foi de uma revolta contra uma má assistência técnica da marca de Enzo Ferrari que Ferruccio Lamborghini decidiu criar o seu próprio carro esportivo. Com a McLaren a relação é que a Lambo quase forneceu motores para equipe em 1994, um ano após a saída de Ayrton Senna. Mas Ron Dennis já tinha acertado com a francesa Peugeot.



O nome Veneno parece uma vingança contra as duas marcas, mas é, na verdade, uma homenagem da Lamborghini a um toureiro espanhol morto em 1914 pelo feroz e rápido touro Veneno. Ferruccio era fã de touradas e a marca italiana sempre batizou seus carros com nomes de vários touros.




Baseado no seu atual top Aventador, com linhas inspiradas em carros de desenhos animados japoneses, barbatanas de tubarão e em três modelos, como o próprio Aventador, o conceito Sesto Elemento e o saudoso Countach 5000QV, o novo ultraesportivo, que comemora os 50 anos da Lamborghini, tem motor V12 6.5 atmosférico de 750 cavalos e câmbio ISR, de 7 marchas. Graças à leveza da carroceria em fibra de carbono, ele acelera de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos e alcança a velocidade de 355 km/h. O interior é ainda mais requintado que o La Ferrari e o McLaren P1.


Mesmo não sendo híbrido como os rivais, a Lamborghini decidiu fabricar apenas três exemplares do Veneno, que já foram vendidos por 3 milhões de euros ou 7,5 milhões de reais. Tanta divulgação serviu apenas para documentá-lo como o Lamborghini mais rápido da história. Em todos os sentidos.