TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO


A segunda geração do Citroën C4 Picasso (terceira se contarmos o Xsara) está cada vez mais próxima das obras do pintor espanhol que lhe emprestou o nome. O C4 anterior já era levemente reto, mas ainda tinha muitas curvas e quinas arredondadas. O capô, por exemplo, era praticamente integrado ao para-brisa. O modelo novo está totalmente trapezoidal.



O que chama mais atenção é o formato dos faróis, rebaixados para o para-choque, como se fossem faróis de longo alcance. No capô, onde costumavam ficar perto do emblema, agora estão as luzes diurnas de LED. O recurso estético é semelhante ao adotado no novo Jeep Cherokee. A traseira tem lanternas retangulares, horizontais, mas com iluminação tridimensional, que forma um efeito de dois pares quadrados, lembrando o novo Corvette.


No interior, a mudança não foi tão radical. O painel mantém o conceito de console único, com quadro de instrumentos digital no centro, presente desde a época do Xsara. Mas a evolução é contínua. O primeiro Picasso tinha display preto com gráficos prateados. No anterior já era possível mudar a cor do cluster. O novo já tem uma tela multimídia de 12 polegadas, onde o quadro de instrumentos pode ser virtualmente analógico ou digital, uma moda nos novos modelos. Mais embaixo há outra tela, touchscreen, que serve para a navegação e outras funções do carro. O para-brisas é panorâmico, como já é regra na Citroën.


Entre os equipamentos tecnológicos se destacam o ar condicionado digital. piloto automático adaptativo, assistente de manutenção em pista, visão aérea panorâmica para facilitar o estacionamento, cintos de segurança ativos, sistema de chamada para serviços de emergência local em caso de acidente, carro para o impasse e uma chamada de sistema para serviços de emergência em caso de acidente.

As primeiras fotos apresentadas mostram apenas a versão de cinco lugares, cujo espaço aumentou com o crescimento da distância entre-eixos (de 2,72m para 2,78m). A capacidade do porta-malas foi ampliada em 37 litros. Agora tem 537 litros. Não se sabe se ele terá a versão Grand, de sete lugares, que na geração anterior, foi apresentada primeiro, em 2005 e tinha lanternas verticais.



Por outro lado, o novo C4 Picasso está mais curto, baixo e leve. O comprimento encolheu de 4,47 para 4,43m, a altura de 1,68 para 1,61m e 163 kg a menos no peso. Só a largura que foi mantida em 1,83m. A responsável é a nova plataforma modular EMP2 (Efficient Modular Platform 2), que será usada na terceira geração do C4 (ainda esperamos a segunda) e no novo Peugeot 308 (recebemos o antigo no ano passado).


Entre os motores, destaque para o e-HDi 90 Airdream, turbinado. Rende 93 cavalos. Tem o sistema Start-Stop, que desliga o motor depois de um minuto parado, e câmbio automático de seis marchas. Com ele, a versão percorre 26,3 km com um litro de diesel e emite apenas 98 g de gás carbônico a cada quilômetro rodado. Outras opções a diesel são o e-HDi de 115 cv e o Blue HDi, de 150 cv. Os motores a gasolina são o VTi, de 120 cv e o nosso conhecido THP de 165 cv. Todos os motores têm 1.6 litro de cilindrada. Também há uma opção de câmbio manual de seis velocidades. 

As formas do novo C4 Picasso surgiram do conceito Technospace, apresentado no último Salão de Genebra, que já estava quase pronto para a versão definitiva. Esta só seria mostrada no Salão de Frankfurt, em setembro, mas o tradicional "vazamento" de fotos anteciparam o conhecimento público do Picasso mais cubista de todas as suas três gerações (1999, 2005 e 2013 - fora o derivado do C3). 



História do Citroën Picasso em fotos


Xsara Picasso


Xsara Picasso 2008 - Exclusivo do Brasil

C4 Picasso 

Grand C4 Picasso
C4 Picasso



C3 Picasso