TEXTO: GUSTAVO DO CARMO E MÁRIO COUTINHO LEÃO
FOTOS: DIVULGAÇÃO, MÁRIO LEÃO E GUSTAVO DO CARMO 


Lançamento Nacional - Toyota Corolla (720) 



Baseado na versão europeia (que é vendida em poucos países do Velho Continente), com grade cromada e faróis mais retos e puxados, ambos curvados para cima, o Corolla 2015 ficou, ao mesmo tempo, moderno na frente e conservador na traseira de lanternas horizontais, mais finas e pontudas do que antes, unidas pela barra cromada acima da placa. Na lateral, chama atenção da linha ascendente da base das janelas na altura da coluna de trás.

O Novo Corolla chega ao mercado com praticamente as mesmas versões de acabamento do anterior: GLi, XEi e Altis. Só a XLi que foi extinta. Mais tarde, chegará o esportivo XRS, que deve ter o visual norte-americano. Já os motores são exatamente os mesmos: o 1.8 e o 2.0, ambos flex, com comando variável das válvulas de admissão e escape (Dual VVTi) e sistema de partida a frio, que dispensa o tanquinho.



A nova Frontier, que é chamada de Navara em alguns mercados, ficou mais agressiva e menos quadrada, mas ao mesmo tempo não abdicou das linhas retas. A linha das janelas ficou mais inclinada. Os faróis ficaram maiores e horizontais e ganharam iluminação diurna em LED. A grade foi alargada. E os para-choques logicamente mais agressivos. Na traseira as lanternas cresceram e estão mais salientes. O V que antes era um aplique plástico se transformou num vinco no centro da tampa. 

O interior ficou mais luxuoso e o painel ganhou linhas mais curvadas, com tela multimídia, mas mantendo os detalhes prateados que o aproximam do Altima. Também vem do modelo top os bancos com assento de gravidade zero. Os passageiros do banco de trás ganharam saída do ar condicionado só pra eles. 

Os motores 2.5 foram mantidos na versão diesel e gasolina. O primeiro rende os mesmos 190 cavalos, mas o consumo promete ser 11% menor. Na tração, o sistema "Shift-on-the-fly" pode ser ativado com o veículo estiver em movimento, enquanto o sistema VDC (Vehicle Dynamic Control) ajuda a melhorar a performance de condução 4x4 assim como a segurança. Hà ainda o ABLS (Active Brake Limited Slip), HSA (Hill Start Assist) e HDC (Hill Descent Control). As opções de câmbio serão o manual de seis marchas e automático de sete. A carroceria e o chassi foram totalmente remodelados com materiais mais leves.



Foto: Gustavo do Carmo 
Criadora dos utilitários esportivos, a Jeep não poderia ficar de fora do novo segmento do gênero: o dos compactos. Mais de dez anos depois da rival norte-americana Ford lançar no Brasil o Ecosport -que não inventou a categoria, mas a impulsionou e chegou à Europa - a divisão off-road da Chrysler apresentou em março, no Salão de Genebra, o Renegade.

O modelo começará a ser fabricado no Brasil em março, após a inauguração da fábrica que o grupo FCA (Fiat-Chrysler Automotive) está construindo em Goiana, interior de Pernambuco. A Fiat é dona das marcas Dodge e Jeep há quatro anos e deve produzir também lá o sedã Viaggio. O Renegade será uma das grandes atrações do próximo Salão de São Paulo.


O Mercedes SLS AMG mal saiu de linha e seu lugar top, ainda quente, já será ocupado, a partir do ano que vem, pelo AMG GT. Ele utiliza a mesma plataforma e manteve o capô longo e a traseira curta do antecessor. No entanto, tem um novo desenho, bem mais charmoso, com caída do teto curvada, como os ingleses Jaguar F-Type (ficou até muito parecido com este) e McLaren 650S, além do conterrâneo Porsche 911. Legítimos cupês esportivos que vão concorrer com o novo AMG. Audi R8 e o híbrido BMW i8 também estão no páreo.



Em agosto de 1984, o Uno chegou ao Brasil com o mesmo estilo ousado, mas somente com duas portas. Uma importante adaptação para cá foi a colocação do estepe na frente, junto com o motor, e não no porta-malas, como no italiano. Assim, o capô do nosso era mais alto e a tampa envolvia a lateral.


Lembra de Mim? - Fiat Uno Turbo i.e. (421)


Foto: Mário Coutinho Leão 

Em tempos de "downsizing" dos motores é comum ver modelos turbinados de fábrica. Poucos lembram ou conheceram o primeiro deles, lançado há exatos 20 anos, o Fiat Uno 1.4 Turbo. Para quem viveu apenas a época em que o Uno se resumiu às versões com motor 1-litro nem imagina uma versão de alto desempenho do modelo. Vale a pena conhecer esse "fuçado de fábrica" apresentado ao mercado em fevereiro de 1994.




Com a versão Red, o Volkswagen Up! substituiu o Gol "Geração 4" e venceu logo no seu primeiro comparativo contra o recém-amadurecido Ford Ka (agora o Carro do Ano da Autoesporte), o Nissan March (nacionalizado e renovado este ano) e o já veterano Chevrolet Onix. 

O pequeno Up!, que foi tropicalizado para ser fabricado aqui, se destacou no estilo, acabamento, porta-malas, desempenho, consumo e nível de ruído. Mas tem como pontos fracos o preço, a frenagem, o espaço interno e a manutenção. 

É vendido somente com motor 1.0, mas com oferta variadas de versões: Take, Move, High, Red, Black, White e a recém-lançada Cross

Por só ter motor de um litro, seus outros concorrentes participaram com a mesma cilindrada. O Ka ficou em segundo, o March em terceiro e o Onix, já precisando de uma renovação, em quarto.



O Fox chegou à sua linha 2015 com novidades relevantes para a segurança e desempenho. Motor 16 válvulas, câmbio de seis marchas e controles eletrônicos de tração e estabilidade chamam a atenção de quem estava acostumado à mania da Volkswagen em não instalar em seus carros os equipamentos já apresentados pela concorrência. Novo caminho.


As qualidades dinâmicas foram todas mantidas. Direção bem calibrada, câmbio com bom escalonamento e de engates macios e precisos, bancos que apóiam bem o corpo e visibilidade garantida em todos os divros e espelhos. Os freios a disco nas quatro rodas com ABS e distribuição eletrônica de frenagem não sofrem fadiga e o controle de estabilidade e tração mostrou atuação precisa quando "provocado" nos trechos de asfalto irregular e sujo de terra do nosso trajeto padrão. Isolamento acústico e ergonomia dos instrumentos também merecem elogio.






O Chevrolet Cruze nasceu, em 2007, de um projeto sul-coreano da subsidiária da General Motors no país asiático, a Daewoo, que batiza o atual sedã médio da GM brasileira de Lacetti. Não parece, mas o Cruze tem muitos traços orientais, mas da década passada. O tempo passou e chegou a hora de dar um novo visual ao modelo global, que também é vendido nos Estados Unidos e Europa. 

Os norte-americanos foram tratados como brasileiros (trouxas, mas felizes com um modelo desatualizado) no Salão de Nova York com o lançamento de um simples face-lift do Cruze original, semanas antes da apresentação da sua segunda geração no Salão de Pequim, na China. NR: Este falso novo visual chegou ao Brasil agora. 

O novo Chevrolet Cruze está mais coreano do que nunca. Ficou a cara do Kia Cerato, principalmente nos faróis espichados, no recorte traseiro das janelas laterais e nas lanternas traseiras em forma de asa delta. A caída do teto é próxima de um cupê, dando-lhe mais esportividade às suas novas linhas. O que mais chama a atenção no novo design do Cruze é a gravata dourada da Chevrolet, que foi parar na própria grade superior e não mais na barra divisória, como nos já antigos modelos da marca. É um novo conceito estético já usado no americano Impala.



Foto: Gustavo do Carmo 

2014 foi um ano muito especial para o Guscar. Pela primeira vez, este que vos escreve esteve presente pessoalmente, em carne e osso em Genebra, na Suiça. Foi a primeira cobertura in loco de um evento para o Guscar. Entre os posts da série o mais acessado foi este mostrando as novidades das quatro principais marcas que atuam no Brasil: General Motors, Fiat, Ford e Volkswagen. 


Especial - Carro do Ano Autoesporte 2015 - Ford Ka (151)



Foi pela expectativa de bom mercado (além, claro do bom acabamento, espaço interno e equipamentos como controles eletrônicos de estabilidade e tração e o assistente de emergência que chama o SAMU) que o Ford Ka conquistou o seu segundo título de Carro do Ano pela revista Autoesporte.


Texto mais acessado do ano - Comparativo - Honda Fit x Hatches Compactos Premium (8.756)




Marca que mais respeita o mercado brasileiro, ao lado da Toyota, a Honda lançou em 2014, rapidamente, as novas gerações do Fit e do City. Mas avacalhou na face-lift do Civic.

O Fit eu comparei em maio contra os hatches compactos premium Chevrolet Sonic (que parou de ser importado pouco tempo depois), Citroën C3, Fiat Punto. Ford Fiesta e Peugeot 208.

O Honda venceu, sendo o melhor em itens como câmbio, desempenho, consumo, porta-malas e espaço interno. Seu pior resultado foi a potência do seu único motor 1.5. É vendido nas versões DX, LX, EX e EXL.

Em segundo ficou o Fiesta, apenas um ponto atrás. Em terceiro vem o Peugeot 208. Sonic e C3 empataram em quarto lugar. O Punto ficou em último.