TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO


Aos poucos, a linha da nova geração do Mini vai aumentando. Depois do hatch e de sua inédita versão de quatro portas, a releitura luxuosa do clássico compacto inglês, agora de propriedade da alemã BMW, ganhou a tradicional perua Clubman, que substitui a carroceria lançada em 2007.


Mini Clubman 2010
Mini Clubman original

A carroceria alongada com vocações comerciais ou familiares já existia no modelo clássico, assim como a abertura do tipo "armário" das portas traseiras divididas. No novo Clubman, que adota a nova plataforma modular UKL usada nos BMW Série 2 Active Tourer e X1, as lanternas passam a ser horizontais, com efeitos tridimensionais do LED e acompanham inteiramente as portas quando elas são abertas. O vidro tem limpadores independentes.


A frente é a mesma do hatch, mas a grande novidade são as quatro portas convencionais. Até então, o Clubman só tinha uma pequena porta de abertura suicida no lado do carona. Agora uma perua de verdade, que se confunde com o crossover Countryman, o comprimento em relação ao Mini 5 portas, logicamente, aumentou de 3,98 para 4,25m. As demais dimensões, com exceção da altura que baixou de 1,44 para 1,43, também cresceram. A largura passou de 1,73 para 1,80m. Até a distância entre-eixos aumentou de 2,56 para 2,67m.

Mini Clubman 2010
Mini Clubman original

O espaço interno melhorou em relação ao hatch, mas poderia ser maior, como deu a entender o comentário do site espanhol Km 77. O porta-malas de 360 litros também é pequeno para uma perua do seu porte, mas é bem maior que os 278 litros do hatch. Rebatendo os bancos tripartidos 40-20-40 (opcionais), a capacidade aumenta para 1.250 litros.



Já o painel e o padrão de acabamento são ligeiramente diferentes. O primeiro é mais arredondado e não tem aqueles dois frisos que se dobram no console central e nem a parte superior avançada. A junção é contínua e em tom de madeira. No entanto, o gabinete central, onde fica o sistema multimídia, continua circular, como manda a tradição da MINI. O velocímetro, o conta-giros e o volante são os mesmos. As saídas de ar acompanham o arredondamento do painel. No hatch, os difusores dos cantos são circulares.  O acabamento das portas, por sua vez, propõe passar uma impressão de refinamento. O hatch é mais esportivo. 


Painel do Mini Cooper hatch

A mecânica e os equipamentos de segurança e conforto são praticamente iguais ao do cinco portas. A exceção é o câmbio automático de oito marchas que estreia na perua, que também terá a opção manual de seis marchas. De motores, o novo Clubman terá os já conhecidos 1.5 de três cilindros e o 2.0 de quatro cilindros. O primeiro tem duas opções: uma mais simples, de apenas 102 cavalos, vai equipar a versão básica One. O outro tem turbo e injeção direta, rende 136 cavalos e equipará a versão Cooper. O 2.0, também com turbo e injeção direta, rende 192 cv e estará presente na Cooper S. Os europeus terão, ainda, um motor 2.0 turbodiesel de 150 cv, cuja versão se chamará Cooper D. A tração será sempre dianteira. A tração integral deve ficar restrita ao Countryman que terá a nova geração. 



Na lista de equipamentos estarão presentes teto solar duplo, head up display, faróis em LED para todas as funções de iluminação, frenagem automática de emergência e seletor de modo de direção, que modifica as respostas do acelerador, da direção elétrica e a potência do ar condicionado, entre outros.


O novo Mini Clubman foi apresentado como conceito no Salão de Genebra do ano passado (no qual estive presente, mas acabei não fotografando por causa do tempo curto). A versão definitiva será mostrada no Salão de Frankfurt, daqui a dois meses. No Brasil só deve chegar no ano que vem.