TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO


O menor crossover da BMW chega à sua segunda geração sem romper com as linhas altas e verticais da carroceria anterior. A dianteira do X1 ganhou faróis angulosos - que agora podem ser inteiramente em LED (como opcional) e estão mais alinhados à grade (agora mais escura), vincos pronunciados próximos a esta e para-choques mais recortados, com entradas de ar divididas. A lateral ficou mais musculosa e os vincos mais salientes. As janelas ganharam linha de cintura mais alta enquanto a parte de cima ficou mais baixa. Na tampa do porta-malas subiram as lanternas (mais horizontais e menos bumerangue) e a área da placa.


X1 2012

O novo X1 ainda lembra a geração antiga, mas com aparência mais moderna. Mesmo sem perder a identidade, a plataforma é inteiramente nova, passando a ser a mesma já usada no Mini Cooper e no monovolume Série 2 Active Tourer (muito parecido com o X1, por sinal). Com ela, perdeu 1,4 cm no comprimento (que agora é de 4,44m) e 9 cm na distância entre-eixos (2,67m). Em compensação ficou mais alto (1,60m) e mais largo (1,82m), o deixando até mais próximo do X3, modelo maior.


X1 2012


X1 2012
O interior agora está com aparência, ao mesmo tempo, mais sofisticada e minimalista que o antigo X1. O painel perdeu a cobertura que envolvia o quadro de instrumentos (que continua estreito, com dois instrumentos circulares e de fácil leitura), a tela multimídia (que ficou destacada), e a área do porta-luvas (agora recuada). A parte central, onde estão os gabinetes do CD Player e da climatização, está mais elevada e saltada sobre o console central, onde estão porta-objetos, câmbio e o comando do sistema multimídia. O volante de três braços ganhou novo desenho. 


X12012

Apesar da distância entre-eixos reduzida, o espaço interno aparenta ser amplo, mas o passageiro do meio continuará sofrendo com o túnel de transmissão que foi mantido no habitáculo mesmo com a tração passando a ser dianteira (o X1 é mais um modelo a quebrar a tradição da traseira). Em compensação, opcionalmente, os confortáveis bancos podem deslizar sobre trilhos e aumentar em 200 litros a capacidade do porta-malas, que já subiu de 420 para 505 litros, em relação a geração anterior.




Infelizmente, alguns equipamentos de tecnologia são opcionais, mesmo para os europeus, como o head up display (que projeta no para-brisas a velocidade, informações técnicas e setas de navegação), o próprio navegador, a tela multimídia de 8,8 polegadas, os faróis de LED, as luzes direcionais em curva, o aviso de mudança involuntária de faixa e a frenagem autônoma (acionada por sensores e radares, freia o carro automaticamente em velocidades entre 10 e 60 km/h se o motorista não estiver prestando atenção a um objeto ou pessoa se aproximando rapidamente).


Em compensação são de série o ar condicionado digital de duas zonas, as conexões USB e auxiliares, a tela multimídia de 6,5 polegadas, a câmera de visão traseira e o seletor de modo de condução, que ajusta a resposta do acelerador, a firmeza da direção, a rapidez das trocas de marchas e a firmeza da suspensão adaptativa (esta também opcional) em três modos (Confort, Sport e EcoPro). O X1 tem ainda como opção vários modelos de rodas de 18 e 19 polegadas (os de série são de 17") e pacotes de aparência Advantage, SportLine, xLine e MSport, cuja suspensão é mais dura. 


Inicialmente, o novo X1, que já está à venda na Europa, tem apenas motores 2.0 de quatro cilindros com turbo e injeção direta, montados na posição transversal (outra quebra de paradigma na BMW, iniciada na Active Tourer), mas com potência variando a cada versão. Só haverá uma movida a gasolina, a xDrive25i (que antes se chamava xDrive28i), com 231 cavalos de potência. As outras três são todas a diesel: xDrive25d (de 231 CV), xDrive20d (190 CV) e sDrive18d (de 150 CV). O câmbio pode ser manual de seis marchas e automático de oito (Steptronic), a mesma caixa do Série 3 vendido no Brasil. Em novembro ele ganha por lá motores de três cilindros 1.5 com potência de 136 cavalos com gasolina (sDrive18i) e 116 cv com diesel (sDrive16d), com câmbio manual ou automático de seis marchas. O "x" da designação representa a tração integral, para justificar a existência do X1 como um SUV. Já o "s" diz respeito à nova tração dianteira, polêmica para os puristas da BMW. 


O novo X1 não é nenhuma autoridade em terrenos irregulares, mas faz curvas fechadas muito bem. Seu comportamento dinâmico é até superior aos concorrentes Audi Q3 e Mercedes GLA. O xDrive25i acelera de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e tem velocidade limitada a 235 km/h. Seu consumo médio deve ficar na faixa de 15,3 km/l. Já o diesel deve percorrer 20 km com um litro de combustível. 

O X1 deverá chegar ao Brasil no ano que vem e a boa notícia é que ele será fabricado em Araquari, Santa Catarina, dividindo a linha de montagem com o Série 3 e com direito a motor ActiveFlex.