Desde o lançamento da atual geração do Toyota Corolla, em 2014, vários concorrentes se modernizaram: o Focus Sedan ganhou nova frente e virou Fastback, Renault Fluence, Volkswagen Jetta e Nissan Sentra ganharam face-lift e, o mais importante, Chevrolet Cruze e o arquirrival Honda Civic ganharam uma nova geração.

Mesmo assim, o Corolla continuou liderando o mercado. Mas ficou para trás em atualidade e, por isso, a Toyota decidiu se mexer e mexê-lo. Deu-lhe uma nova frente, com faróis mais finos e espichados, grade mais fechada e zangada e para-choques bem vincados. O conjunto ótico frontal e também as lanternas traseiras (que continuam com o mesmo formato) ganharam luzes de LED. A antena agora tem formato de barbatana de tubarão. 



O painel interno ganhou mudanças quase imperceptíveis, como a redução dos botões, novo sistema multimídia com tela maior e totalmente operada por toque (porém, sem espelhamento), novo quadro de instrumentos com tela de TFT de 4,2 polegadas colorida e saídas de ar das extremidades circulares. A novidade técnica mais importante foi a adoção dos controles eletrônicos de estabilidade e tração, além do assistente de partida em rampa. Já a direção elétrica foi revisada e o anacrônico reloginho digital dos anos 80 mudou de posição (desceu das saídas centrais de ar para o painel central).


Outra novidade foi a volta da versão de aparência esportiva XRS, presente na geração passada. Ela se caracteriza pelos spoilers nos para-choques, saias laterais nos para-lamas, aerofólio com brake-light embutido sobre a tampa do porta-malas, ponteiras do escapamento cromadas e rodas de 17 polegadas (que elevaram a suspensão) de acabamento diamantado. O interior tem revestimento preto no painel e nos bancos de couro.

Corolla XRS

Fora isso permanecem os mesmos motores 1.8 (139 e 144 cv) e 2.0 (143 e 154 cv), ambos Dual VVTi e Flex, o mesmo câmbio CVT, agora rebatizado de MultiDrive, para todas as versões, que mantiveram os nomes GLi, GLi Upper, XEi e Altis. As GLi utilizam o motor 1.8, mas o varejo só oferece a Upper com o CVT. A básica, manual ou automática, só pode ser comprada por empresas e deficientes físicos. Já XEi, XRS e Altis usam o 2.0 e também oferecem borboletas no volante para a troca de marchas.

Corolla XRS
A versão GLi manual custa R$ 69.690 e a automática R$ 69.990. Traz de série controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, sete airbags, direção elétrica, ar-condicionado, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, computador de bordo, volante multifuncional e vidros, travas e retrovisores elétricos e luzes diurnas de LED. A GLi Upper adiciona bancos em couro cinza claro, Bluetooth e rodas de liga-leve. É vendida por R$ 90.990.

A XEi custa R$ 99.990 e adiciona ar-condicionado digital, chave presencial, retrovisor interno eletrocrômico, piloto automático, rodas de liga leve de 17 polegadas, antena de teto do tipo barbatana de tubarão, faróis de neblina, acendimento automático dos faróis, painel de instrumentos com tela colorida de 4,2 polegadas, sistema multimídia com tela de sete polegadas, navegador GPS, leitor de DVD, TV digital e câmera de ré. Seu acabamento também é na cor cinza. A XRS custa R$ 108.990 e tem os mesmos equipamentos da versão intermediária, acrescentando apenas os detalhes esportivos já citados lá em cima.


A mais completa é a Altis, que sai por R$ 114.990 e fecha com ar-condicionado automático de duas zonas, sensor de chuva, banco do motorista com regulagem elétrica, revestimento interno em couro na cor bege claro, espelhos retrovisores externos com rebatimento automático e rodas diamantadas de 17 polegadas com acabamento na cor cinza.


Em custo-benefício, a versão Altis 2.0 ganha do Civic Touring 1.5 Turbo (R$ 124.990), mas perde para o Chevrolet Cruze LTZ 1.4 Turbo completo (R$ 112.990) e o Ford Focus Fastback Titanium Plus (R$ 111.340), que têm mais equipamentos de segurança e até estacionamento automático e são mais baratos. 

O face-lift pode segurar o Corolla na liderança do mercado até a chegada da nova geração com a plataforma TNGA do híbrido Prius. Se vier, claro. 

TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO