Não fossem as vitórias de vários outros modelos ao longo da história, o Carro Premium do Ano da Autoesporte poderia se chamar "O Audi Premium do Ano", tamanha a superioridade da marca alemã das quatro argolas na categoria. Na edição 2018, o A5 Sportback é o vencedor, sendo o segundo título do esportivo derivado do A4 (venceu em 2010 como Coupé, que ainda não chegou ao país na nova geração) e décimo-primeiro da Audi (1996. 1998, 2004, 2008, 2009, 2010, 2011, 2014, 2015, 2017 e agora 2018). No entanto, é a primeira vitória da versão fastback de quatro portas. A segunda que mais venceu foi a Mercedes, com "apenas" cinco títulos, que não vêm desde 2012. 



O A5 Sportback chegou ao mercado brasileiro em agosto, com quatro versões de equipamento: Attraction (R$ 189.990), Ambiente (R$ 213.990), Ambition (R$ 239.990) e Ambition Plus (R$ 268.990). Todas usam o motor 2.0 TFSI com turbo e injeção direta e indireta. Mas as duas mais baratas usam uma versão de 190 cavalos e tração dianteira e as duas mais caras, de 252 cv e com tração integral. O câmbio das quatro é o automático de sete marchas.

Embora o regulamento tenha permitido que o Audi A5 concorresse na categoria Premium (por considerar o preço da versão básica), ele só tem uma versão abaixo de 200 mil reais, (in)justamente a que não tem o quadro de instrumentos virtual, o sistema multimídia com navegador, o ar condicionado de três zonas e sequer oferece como opcional o Traffic Jam Assist, sistema semi-autônomo que pilota o carro sozinho a até 65 km/h e o mantém na faixa de rolamento, recursos tecnológicos que devem ter seduzido os jurados a distribuírem as melhores notas para ele, a ponto de superar, por apenas 23 pontos (1.659 a 1.636), o crossover Peugeot 3008. Chevrolet Equinox (1.558) e Mini Countryman (1.467) foram os outros finalistas. 

Vice-campeão: Peugeot 3008 - 1.636 pontos
Terceiro colocado: Chevrolet Equinox - 1.558

Quarto colocado: Mini Countryman - 1.467

Com o título do Sportback, o A5 repete o fato de ter vencido pela Autoesporte no ano seguinte ao A4, sedã no qual foi baseado. Sua vitória foi legal, mas fica a sugestão para que na próxima eleição, a revista da Editora Globo considere o teto de preço da versão mais cara para evitar futuras polêmicas. 


TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO

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